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Pedopsiquiatria em Lisboa
A Psiquiatria da Infância e Adolescência, ou Pedopsiquiatria, é uma especialidade médica que se dedica à prevenção, diagnóstico e intervenção de perturbações emocionais e comportamentais de crianças e adolescentes tendo como principal objectivo a promoção de um desenvolvimento psicoafectivo adequado.
A Psiquiatria da infância e adolescência é uma especialidade exercida por médicos que se especializam no diagnóstico e, se indicado, tratamento de perturbações do pensamento, humor e/ou comportamento que afectam crianças, adolescentes e suas famílias.
O pedopsiquiatra usa conhecimentos de evidências biológicas, psicológicas e sociais no trabalho com o utente/cliente. Inicialmente, um exame diagnóstico é realizado para avaliar o problema actual, com especial atenção para componentes físicos, genéticos, de desenvolvimento, emocionais, cognitivos, educacionais, familiares e sociais.
Na Pedopsiquiatria, ou psiquiatria da infância e adolescência, os médicos especialistas – ou pedopsiquiatras – trabalham com crianças e jovens (convencionalmente até à idade de menos de 18 anos) e com as suas famílias.
Estes especialistas tratam duma série de problemas e condições de saúde mental, que vão desde as perturbações do espectro do autismo, depressão, ansiedade, ao uso indevido de substâncias e perturbações alimentares.
75% dos problemas de saúde mental de adultos começaram antes dos 18 anos de idade e existem evidências de que intervenções precoces podem reduzir a probabilidade de perturbações mentais na idade adulta.
A pedopsiquiatria combina o rigor da ciência e da medicina, com a arte e a criatividade da terapia.
Existem diferentes abordagens para o tratamento, desde as diferentes abordagens de psicoterapia, passando pela ludoterapia, à terapia familiar.
A Ludoterapia é uma psicoterapia cuja principal ferramenta dessa abordagem é a brincadeira. É através do ato de brincar que se tem acesso ao mundo interior da criança e consegue ajudá-la a superar os desafios que a afligem.
Frequentemente, existem problemáticas da própria família que interferem com a criança, e o pedopsiquiatra pode recomendar que, a par do tratamento da criança, haja também de forma integrada, um processo de terapia familiar.
Os medicamentos e/ou a admissão numa unidade de internamento hospitalar podem ocasionalmente acontecer, mas são recursos muito menos usados do que nos serviços de saúde mental para adultos.
Os principais sinais de que a criança ou o adolescente podem beneficiar duma avaliação por um pedopsiquiatria (psiquiatra da infância e adolescência) são:
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Mudança no padrão habitual de comportamento ou surgimento de comportamentos diferentes do esperado para a idade, por exemplo, uma criança que sempre foi calma e colaborativa e passou a ser irritada e desobediente. Outros exemplos são medos recorrentes, ansiedade e nervosismo, alterações no sono e apetite, choro frequente, manias e rituais estranhos, apego exagerado a um familiar, recusa em frequentar a escola, urinar ou evacuar na roupa/cama.
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Alterações do sono, como insónia, sonambulismo, aumento da necessidade de sono.
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Alterações da alimentação, como recusa em comer, alteração do apetite ou selectividade alimentar.
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Comportamentos como manias estranhas, apego exagerado à rotina, irritabilidade persistente, agitação importante e dificuldade de ficar quieto quando seria esperado, dificuldade de manter atenção.
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Dificuldade de relacionamento com outros indivíduos da mesma idade ou com adultos, por exemplo, se é muito retraído e fica nervoso quando tem que conversar com os outros, briga muito e fica agressivo, não consegue fazer amigos, prefere ficar sozinho, tem dificuldade de entender regras sociais.
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Dificuldade de aprender e acompanhar o desempenho escolar dos colegas.
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Desenvolvimento atrasado em relação ao esperado, por exemplo: atraso no desenvolvimento da fala, ou na aquisição do andar, dificuldade para realizar suas actividades de vida diária sozinho quando isto seria esperado.
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Comportamento frequentemente agressivo ou dificuldade de controlo emocional, com explosões desproporcionadas.
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Comportamento de se magoar a si próprio propositadamente (auto-mutilação), discurso frequente sobre morte ou ameaça de se matar ou tentativas de suicídio.
Outras situações e comportamentos não aqui citados podem também ser preocupantes e ter consequências sérias para a criança e para a sua família.
Portanto, na dúvida, procure um psiquiatra da infância e adolescência.
O pedopsiquiatra fará uma avaliação abrangente e será capaz de confirmar ou descartar a suspeita de que há um transtorno ou problema que precisa ser tratado.
O trabalho multidisciplinar, incluindo a articulação com outras especialidades médicas, técnicos de saúde mental e estruturas da comunidade, bem como a colaboração próxima com a família e outros cuidadores são essenciais para a avaliação e intervenção.
O projecto terapêutico individualizado é definido após uma avaliação global e compreensiva da criança e pode incluir consultas individuais e familiares, consultas de psicoterapia e psicofarmacologia.